Foto: Getty Images / BBC News Brasil
O planeta Terra se difere dos demais no quesito de que, pelo o que se sabe
até agora, ele foi o único com as condições necessárias para o surgimento da vida.
A grande responsável por isso é a magnetosfera. Formada no núcleo, pelo
resfriamento e agitação do ferro líquido, o que cria um campo magnético em volta
do planeta, impedindo que a radiação bombardeie a superfície. Foi justamente esse
processo de resfriamento e agitação do ferro, o fator utilizado no estudo para se
medir a idade do núcleo da Terra.
De acordo com o geocientista Jung-Fu Lin, da Universidade do Texas, um dos
autores do estudo: "Por conta de seu núcleo, a Terra é um planeta único em nosso
sistema solar por ter um campo magnético, o que o tornou possível ser habitado".
No estudo, os pesquisadores utilizaram da energia liberada pelo resfriamento
e cristalização do ferro para estimar a idade do núcleo terrestre. Um pedaço de
ferro, do tamanho de uma hemácia, foi aquecido a 2.727ºC e esmagado entre dois
diamantes, simulando a temperatura e pressão do centro da Terra.
A amostra de ferro em temperatura e pressão ambientes (esquerda) e ao ser comprimida (à direita), emitindo energia. Fonte: Universidade do Texas/Divulgação
A energia liberada no processo foi medida e sua taxa de perda permitiu
calcular quanto tempo levaria para o núcleo sólido chegar a seu tamanho atual:
entre um a 1,3 bilhão de anos. Concluiu-se que o núcleo da Terra é mais novo do que
se pensava e, de acordo com Jung-fu, os resultados da pesquisa podem ser usados
para descobrir por que outros planetas no sistema solar não têm campos
magnéticos.
Fonte:
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115862-com-1-bi-de-anos-nucleo-da-terra
-e-mais-jovem-do-que-se-pensava.htm
Pauta: Bruno Dorze
Texto: Letícia Faria
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