A realidade é realmente aquilo que se vê?

“O show de Truman” é um filme de 1998, dirigido por Peter Weir e estrelado por Jim Carrey. A comédia dramática conta sobre Truman Burbank, um cidadão que parece levar uma vida monótona e tranquila em uma cidade pequena com sua esposa Meryl, até que, ao encontrar uma garota misteriosa, ele começa a questionar tudo e todos. Truman começa a investigar e descobre que sua vida é, na verdade, um programa da televisão internacional, transmitido 24 horas por dia. A obra cinematográfica foi um sucesso de vendas, sendo indicado ao Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e Saturn Awards.

O filme traz várias pautas para se refletir, como por exemplo, a forma como deve-se enxergar a realidade do mundo. Tudo o que Truman viveu durante um tempo de sua vida era considerado uma realidade para ele, mas era apenas um programa de entretenimento para o resto do mundo. Além disso, pode-se levar em conta o exagero de mídia e o sensacionalismo, que fizeram com que a vida de um ser humano fosse usado e manipulado por anos e quase que por toda a sua vida. A obra também faz apologia ao “Mito da Caverna”, do filósofo Platão. “Aceitamos a realidade do mundo que nos é mostrada”.

A obra é bem interessante em vários aspectos e deixa o espectador bastante curioso, aflito e até paranoico, já que é bem provável que a pessoa comece a questionar a própria realidade. A ideia da história é cativante, assim como o desenvolvimento, porém como o ponto principal da reviravolta é revelada na sinopse e bem no início do filme, já são previsíveis as ações do protagonista, o que seria mais divertido se fosse descoberto ao longo da narrativa. No entanto, a magia do longa-metragem não é afetada por esse fator. É incrível e envolvente. NOTA: 5 ESTRELAS

Redatora: Bárbara Eliza Emídio de Souza

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