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A violência contra a mulher em tempos de quarentena

Foto do escritor: csmnewscsmnews

Muitas mulheres sofrem com violência doméstica durante o ano, mas em tempos de pandemia do coronavírus os agressores são forçados a ficar em casa, fazendo com que as mulheres fiquem mais sujeitas a serem vítimas das violências, já que, em muitos casos, os homens que fazem isso são seus maridos. E os únicos momentos que elas poderiam “ficar livres” eram quando eles ou elas estavam trabalhando e/ou fora de casa.

Em São Paulo houve um aumento de 30% de casos de violência em um mês, de acordo com o Núcleo de Gênero e o CAOCrim. Em fevereiro, haviam sido 1.934 medidas de caráter urgente e 177 prisões em flagrante. Já em março, foram decretadas 2.500 medidas protetivas de caráter urgente e 268 prisões em flagrante

Arte de Ana Clara Brandão


A gerente de Projetos da ONU Mulheres para Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres, Maria Carolina Ferracini, relata para o G1.com que “Os fatores de risco de violência doméstica neste isolamento são muitos, mas alguns são bem claros. É a questão de você ter muito mais tempo dentro de casa, uma convivência forçada, o estresse econômico que a pandemia e o isolamento têm causado e o próprio medo do vírus”.

É importante dar destaque para esses fatos, pois pela crise do coronavírus, os casos de violência doméstica acabam não recebendo a importância que merecem e muitas mulheres são agredidas verbalmente e fisicamente por seus parceiros e não veem saída.

Por isso, muitas pessoas na internet se mobilizaram e fizeram o que podiam para ajudar, como a disponibilização de mensagens para mulheres pedirem ajuda sem levantarem suspeitas, usando diferentes estratégia. Um exemplo disso o pedido de maquiagens onde elas anotam seus endereços dizendo que é para entrega e uma viatura é mandada para a

casa da vítima. A empresa Casas Bahia também fez sua parte e disponibilizou em seu aplicativo locais exclusivos para receberem denúncias. É importante frisar que nesses momentos, toda ajuda conta. Existem vários tipos de violência que vão além da agressão física. Abusos psicológicos, violência financeira, perseguição, violência social e violência sexual também são agressões e não devem ser ignoradas.

Se você está lendo isso e precisa de ajuda, existem lugares que você pode ligar, como: 180 (central de atendimento à mulher), 190 (polícia militar). Vizinhos, parentes, amigos ou pessoas que presenciarem podem fazer a denúncia.


Por: Luísa Maryam e Manoela Ricieri



Pauta de: Mariana asth

Desing: Nayara Demétrio e Sarah Pepino

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