As sombras da falsificação

O álcool em gel é uma das principais formas de prevenção contra o coronavírus, portanto, é alarmante identificar a enorme quantidade de falsificações deste produto. Ainda mais porque, quando falsificado, é ineficaz contra esse vírus, podendo, em muitos casos, ser tóxico, causando problemas de saúde e podendo causar também a morte. Sua falsificação pode ocorrer de uma maneira simples, com o uso de materiais baratos, por exemplo, como uma gelatina incolor comum que, quando adicionada a uma solução aquosa, adquire uma consistência parecida à do produto. Para evitar a compra desse produto falsificado, recomenda-se a sua compra em lugares que respondem pela garantia de seu produto, em estabelecimentos como clínicas, farmácias e supermercados.

O álcool em gel, como os outros produtos industrializados, deve possuir rótulos com o selo de aprovação e o registro da Anvisa, número de lote, data de produção e vencimento, dados da empresa e um responsável técnico. Há alguns depoimentos sobre essa falsificação, um deles foi de Gylson Ferreira, delegado da polícia, que disse: "Montamos uma força tarefa junto com o Procon e a Vigilância Sanitária, para averiguar o aumento abusivo de preços, e acabamos descobrindo que na verdade o principal ponto nessa pandemia estava sendo a falsificação de álcool em gel".

Outro depoimento foi o de Carlos Henrique Alves de Oliveira (farmacêutico da polícia científica de Goiás), que disse: ”Substâncias como etanol podem causar irritação, vermelhidão, ao ter algum contato com mucosas, como olhos e boca, e a longo prazo o falso álcool em gel pode ser cancerígeno por ter substâncias tóxicas.”

Texto por: Giovanna Cecília

Créditos de pesquisa: Antônio e Victor Gabriel