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Carne e Natureza

Foto do escritor: csmnewscsmnews


Para os seres humanos serem cada vez mais sustentáveis e contribuírem para uma biosfera saudável, carecemos de ter um equilíbrio, e diminuir o consumo de carnes é algo extremamente necessário, posto que apenas no Brasil o consumo de carne aumentou cinco vezes mais, nas últimas 5 décadas. Atualmente o Brasil está no sexto lugar de país em que mais se consome carne, de acordo com o ranking mundial, dado que consumimos cerca de 330 milhões de toneladas de carne por ano.

O consumo está ligado à quantidade de água disponível para a sobrevivência humana, uma vez que a pegada hídrica para a produção de carne bovina é de cerca de 15.415 litros. A indústria da pecuária é a que mais consome água do mundo, conforme a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Cerca de 70% da água é utilizada na pecuária, nos pastos e nas plantações para alimentação dos animais. Além disso, a ONU (Organização das Nações Unidas) informou que se 10% da população mundial parasse de consumir carne todos os dias, a fome no mundo diminuiria cerca de 50%, além de que, a água do planeta seria economizada. Isso contribuiria para a preservação de fontes potáveis de água. Em um planeta em que 2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável, tomar decisões inteligentes e cautelosas sobre o consumo de alimentos, como a carne e a água, é fundamental.

Ademais, as florestas acabam sendo muito desmatadas para a produção da pecuária e o solo prejudicado, posto que no Brasil é prática se queimar o solo para a criação de pastos. Isso faz com que os solos sejam destruídos, percam seus nutrientes e haja contaminação tanto o solos, quanto os aquíferos, que contém cerca de 30% da água doce do mundo. Além disso, o desmatamento das florestas causa muitos problemas na atmosfera, já que aumenta a emissão de gás carbônico (CO2) e diminui a produção de gás oxigênio (O2). Isso agrava o efeito estufa e gera mudanças climáticas, além de um grande desequilíbrio dos ecossistemas, fazendo com que haja a extinção de espécies animais, como por exemplo, o rinoceronte negro do oeste africano.

Dessa forma, na Europa, muitas pessoas estão se tornando vegetarianas e veganas, e isso fez com que a qualidade e o tempo de vida da população aumentassem. A Espanha, mesmo sendo conhecida pelo jamón (um tipo de presunto) e o excesso de carne na dieta, teve o número de habitantes veganos duplicado, segundo pesquisa e houve relatos de pessoas que disseram que essa escolha ocorreu principalmente pelo desejo de ajudar o meio ambiente e melhorar a saúde. Já aqui, no Brasil, a ideia do veganismo ainda não é muito aceita.

No quesito socioambiental, a ONU diz que é necessário que o mundo produza 50% mais alimentos para que todas as pessoas possam ter comida na mesa e para que haja uma completa eliminação da fome mundial. Em tal caso os cientistas temem que haja uma crise ambiental e dizem que para que o consumo aumente, será necessária uma mudança de hábitos global em relação ao consumo de carne, já que muitas pessoas têm pouca comida e poucas pessoas têm muita. O cientista Marco Springmann, da Universidade de Oxford, diz que “Nenhuma solução única é suficiente, mas quando implementadas em conjunto, nossa pesquisa indica que é possível alimentar a população em crescimento de forma sustentável”.

Dado os fatos expostos e analisados, vemos que diminuir o consumo de carne é evidentemente necessário para que haja um equilíbrio com nós seres humanos e o ecossistema.


Autora: Júlia Carolina

Design: Cecília Pereira


Fontes:

Acessado no dia 19 de novembro de 2021 ás 16 horas https://blog.brkambiental.com.br/consumo-de-carne/

Acessado no dia 19 de novembro de 2021 às 15:47

Acessado no dia 19 de novembro de 2021 às 16:05

 
 
 

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