Diante do isolamento social devido à pandemia, tem-se observado mentes sobrecarregadas de pensamentos, além de reações negativas do cérebro. A atual situação à qual estamos todos submetidos, é um fator gerador de diversas sensações e incertezas. Medo, tédio, irritação, excesso de pensamentos, solidão, falta de contato físico, alterações na rotina e bombardeio de informações simultaneamente são fatores que podem originar ou intensificar transtornos como depressão e ansiedade, além de causar angústias psicológicas ou conflitos em casa, como brigas e divórcios.

Devido a essa mistura constante de sentimentos, a mente humana pode ficar extremamente agitada e sobrecarregada. “Você perde muito dos estímulos naturais, como a ocitocina, hormônio que vem num abraço de um amigo, olhar no olho, aperto de mão. É importante saber que isso vai impactar na sua saúde mental. Por isso vale a pena criar mecanismos para reduzir danos",afirma o psicólogo clínico de análise do comportamento, Rodrigo Rodrigues.
“Ela ajuda a viver no momento presente e a aceitar uma situação em que não há muito o que fazer”
Para manter a saúde mental saudável em meio a uma pandemia, é necessário manter a mente focada em atividades que a enriquecem e a distraem. A base de tudo é manter uma rotina saudável, com um horário para acordar, realização de exercícios físicos, estabelecimento de refeições adequadas durante todo o dia, deixando assim, o dia mais produtivo e o corpo mais adequado ao dia a dia e as obrigações rotineiras. É importante também manter o contato social, mesmo à distância, uma vez que, dessa forma, os sentimentos de angústia e solidão são minimizados. Além disso, é válido ressaltar o autocuidado, sendo assim, é fundamental estar atento a sentimentos e demandas internas, além de ser uma ótima oportunidade para desenvolver novos hobbies, como ler, ouvir música, escrever, dançar e cozinhar.

Uma outra estratégia para preservar a saúde mental em tempos conturbados como este é a meditação. “Ela ajuda a viver no momento presente e a aceitar uma situação em que não há muito o que fazer”, explica Camila Vorkapic, bióloga com pós-doutorado em neurofisiologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Isso sem contar o relaxamento e a menor produção de hormônios ligados ao estresse”, completa. É indispensável cuidar dos inúmeros pensamentos durante essa fase, mas não podemos deixar de cuidar do corpo e da saúde também. Investir no bem estar corporal e ocupar a mente e o corpo com atividades benéficas é uma boa ajuda para reduzir o estresse e a ansiedade, além de contribuir para que o tempo passe mais rápido pois estamos fazendo algo bom para o nosso corpo. Texto escrito por: Luísa Salgado, Ana Carolina Sayão, Ana Luiza Mota e Lisandra Maria Pauta de: Raquel Fonseca, Thiago Miranda e Júlia de Souza
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