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"[...] lembre-se: mesmo que você não seja diretamente afetado, quando houver o colapso do sistema de saúde, caso precise, por algum outro motivo, de atendimento emergencial, pode ser prejudicado."
Estamos vivendo um momento muito atípico na história do último século. Tudo é muito novo e desafiador, gerando um misto de incertezas, angústias e surpresas. Por isso, é normal que nos sintamos confusos e que nos questionemos sobre os mais variados assuntos. Entretanto, é sempre válido salientar a importância da quarentena no combate ao novo coronavírus, relembrando sempre o motivo pelo qual devemos cumprir o confinamento, mesmo que seja difícil e desesperador. Afinal, não só você como milhares de outras pessoas sentem falta de seus amigos, seus familiares, da escola, do trabalho, de festas ou passeios.
Primeiramente, sabemos que casos de infecção por coronavírus continuam a se espalhar no Brasil e no mundo. Atualmente (07/05/2020) há cerca de 127 mil casos confirmados de COVID-19 no país, e, aproximadamente, 8.588 mortes. O distanciamento social, nesse contexto, configura-se como uma medida não farmacológica para o combate à doença, bem como a lavagem das mãos e o uso de álcool e desinfetantes nas superfícies de móveis e o objetos. Além disso, sabemos que, na realidade da pandemia, existem os chamados ''grupos de risco'', isto é, pessoas que são mais suscetíveis, se contaminadas com o coronavírus, a desenvolverem complicações. Entre elas, estão portadoras de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão e asma) e idosos (pessoas acima de 60 anos). Analisando esses fatores, as medidas de confinamento são ainda mais essenciais, de forma a resguardar a saúde dessas pessoas, que podem sofrer graves consequências.
Entretanto, não fazer parte dos grupos de risco não significa ser invencível. Principalmente porque, no Brasil, os jovens são os mais afetados: a faixa de 20 a 49 anos concentra os casos de COVID-19. E não estamos falando de casos leves ou assintomáticos, mas sim de ocorrências graves, que levam a internações hospitalares ou mesmo a óbitos. Por isso, não pense que está tudo bem fazer uma ''pequena resenha''ou quebrar a quarentena, realizando atividades não essenciais. E lembre-se: mesmo que você não seja diretamente afetado, quando houver o colapso do sistema de saúde (o que já ocorre em diversos estados do país), caso precise, por algum outro motivo, de atendimento emergencial, pode ser prejudicado. Dessa maneira, aja com responsabilidade. Colaborar com o distanciamento social é essencial para que possamos enfrentar e superar essa pandemia. É pensar não só em si mesmo e naqueles que lhe são queridos, mas, principalmente, no coletivo. É pensar nos profissionais de saúde que arriscam suas vidas todos os dias em detrimento da sua e a de milhões de brasileiros, é pensar naqueles que não têm a perspectiva do isolamento em sua realidade, e que enfrentam medo e angústia constantes. Por isso, vamos enfrentar isso juntos, ok? Se puder, fique em casa!
Matéria: Gabriela Queiroz
Editora: Beatriz Lara
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