No mês de outubro, a Amazônia Legal (área formada por nove Estados que abrange toda a região Norte, além de partes do Centro-Oeste e do Nordeste) teve uma área de 836,23 km² sob alerta de desmatamento, sendo a maior desde que o monitoramento começou, em 2015, de acordo com os dados coletados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) foi quem detectou o alerta de desmatamento e produziu, tanto em áreas totalmente desmatadas, como em áreas de processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras), sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²).
Superando o alerta de desmatamento de 2016, com uma área de 750 km², o desmatamento da Amazônia em outubro afetou mais o Pará (que desmatou 398 km², cerca de 48% do total calculado para o mês), que também foi o maior alvo nos meses de setembro (que teve uma área de 964,45 km² ) e agosto (que teve uma área de 1.358,78 km².
Uma vez que a Amazônia é 59% do território brasileiro (englobando Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), o sistema do Deter ressalta a necessidade de uma fiscalização nas áreas com marcas de devastação.
No entanto, os alertas emitidos pelo Deter não representam a taxa oficial dos desmatamentos da Amazônia, esta taxa é medida pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento Na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). Os dados oficiais de 2020 ainda não foram divulgados, porém, no ano de 2019 a taxa foi 42^ maior do que era apontado pelos satélites do Deter.
Repórter de campo: Tiago Filardi Victoriano
Escrita: Giovana Bocos e Sarah Pepino
Design: Rafaela de Oliveira Ferreira
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