Indígenas lutam para sobreviver nessa pandemia O coronavírus tem provocado temor nas aldeias indígenas do Brasil. Não sabemos como ele pode ter chegado nesses locais mais afastados dos centros urbanos, mas sabemos que ele está tendo um crescimento muito acelerado em todo o mundo. De acordo com Ministério da Saúde, houve um aumento de 68,7% de diagnósticos confirmados do Coronavírus em índios, o que preocupa todo o país. Os índios são um símbolo na cultura do Brasil e o governo deve lutar para protegê-los.
Existem 896,9 mil indígenas no Brasil, que é um número muito grande e de muita importância para todos. Esses indígenas estão fazendo de tudo para se manter longe de aglomerações, para que não corram risco de serem diagnosticados com a doença. Todas essas aldeias têm sobrevivido à base de cestas básicas doadas pelo governo, mas isso não é o bastante, eles devem adotar um meio de tratamento dos que já foram diagnosticados com a doença, como por exemplo, a construção de postos de saúde perto das aldeias, porque muitas vezes essas aldeias vivem isoladas e não possuem acesso a hospitais.
Uma medida importante foi a proibição pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que pessoas não indígenas entrem nas aldeias. Além disso, os Caciques mandaram fechar os acessos e espalharam faixas de alerta. Entretanto, todos os povos relatam dificuldades diversas: a escassez de equipamentos de proteção, ausência de rede hospitalar e risco de passar fome por desabastecimento
Pesquisas apontam que o Alto Solimões e Manaus, na região amazônica, são responsáveis por 81,5% dos diagnósticos de Coronavírus entre indígenas. Ocorrem várias invasões de garimpeiros nesses locais. Essas áreas abrigam aldeias isoladas e o acesso a elas só é possível por aeronaves ou embarcações, não se sabe como esses garimpeiros chegaram a invadir esses locais. O sistema de saúde em terras indígenas é quase inexistente, para alguns povoados, o socorro a hospitais pode demorar dias só no deslocamento. Isso é muito revoltante, porque os indígenas, além de enfrentarem o perigo da doença, devem lidar com a violência de invasores
O Ministério da Saúde afirma que tem orientado as tribos sobre como combater o Coronavírus, e a Funai distribuiu 4,2 mil cestas básicas para tribos em situação de vulnerabilidade em várias regiões, o que já ajuda bastante.
Para combater invasores, os indígenas se organizam em diversos grupos, o que é um grande risco, porque invasores podem transmitir a doença para as tribos inteiras, mas infelizmente é necessário. Os líderes de diversas aldeias convocaram guerreiros para guardar os portais delas. Eles ficam 24 horas por dia em alerta e revezam-se em turnos, para que todos possam dormir. Há ordem de não deixar ninguém passar.
Essa ideia de deixar guerreiros em vigília nasceu através de várias discussões nas tribos, enquanto os demais ficam nas casas. Os homens escolhidos para o cargo controlam não só a chegada de pessoas não indígenas, mas também a saída dos aldeados, só autorizados a ir ao centro urbano diante de extrema urgência, como atendimento médico ou saque de benefícios sociais. As poucas máscaras de proteção que chegaram às aldeias foram destinadas aos sentinelas por estarem mais suscetíveis ao contato externo. Eles usam fogueiras em volta das aldeias, que antes era onde a comunidade se reunia para contar histórias, mas que agora são acesas com intuito de ajudar a iluminar os locais e deixar a fiscalização mais fácil.
Fonte:https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/04/22/interna_nacional,1140870/coronavir us-indigenas-enfrentam-fantasma-da-pandemia.shtml
Redigido por: Gabriel de Oliveira Viana Santos
Design: Iago de lara
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