Vacinas e COVID-19, o fim para essa pandemia está nas mãos de Oxford?
Oxford está criando uma vacina que se mostrou segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários das fases 1 e 2. Nestas duas primeiras etapas, que foram conduzidas simultaneamente no Reino Unido, as pesquisas tiveram 1.077 voluntários e mostraram que a vacina foi capaz de induzir a resposta tanto por anticorpos, como por células T (células do sistema imunológico) até 56 dias depois da administração da dose.
Atualmente, como já citado, o estudo se encontra na terceira fase do processo, o que significa que já está avançada e já foram realizados diversos testes, tanto em adultos saudáveis quanto em animais (como é o caso de macacos, furões e ratos), mostrando-se segura neles.
Essa vacina não utiliza o vírus da Covid-19 enfraquecido para dar origem ao sistema imunológico; é usado um adenovírus (vírus fraco) que possui uma proteína em comum à do coronavírus, sendo assim mais segura, por não poder infectar ou fazer mal a outro ser vivo. Porém ainda não foi de fato comprovada se pode imunizar as pessoas contra o vírus.
A vacina tem seus efeitos colaterais, nada fora do que já estamos acostumados, pois apresenta os mesmos efeitos que podem ser causados por qualquer vacina comum, como febre, vermelhidão, inchaço e dor no local da injeção. A vacina tem previsão de registro no final deste ano caso seja comprovada a eficácia de no mínimo 70%.
Já testada no Brasil com apoio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a vacina, infelizmente, teve seus testes pausados no dia 8 de setembro após uma reação adversa sofrida por uma voluntária no Reino Unido. Entretanto, não se sabe ainda se a reação foi causada pela vacina. Por isso os testes foram parados sem previsão de retomada. Assim a situação pode ser cautelosamente avaliada e investigada.

É importante ressaltar que a Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária) também declarou a pausa de testes no Brasil, que já contabilizou cerca de 5 mil voluntários vacinados, de acordo com a Unifesp. Dia 14 deste mês a vacinação foi retomada, porém toda essa questão das pausas pode influenciar diretamente no prazo esperado e na previsão de fim dos testes.
Vacina desenvolvida na Rússia
Nesta terça-feira do dia 8, a Rússia acaba de liberar a vacina Sputnik V, vacina feita para combater o coronavírus, será usada na população em geral. Será liberada antes da fase 3 de testes clínicos ser concluída, essa fase comprova a eficácia e segurança da vacina nas pessoas.
O primeiro lote da vacina está sendo feito pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, ela conseguiu passar nos testes de qualidade. A distribuição dessa vacina para a população não tem uma data certa, mas está previsto para um futuro próximo.
Através de um estudo feito com um grupo de 76 pacientes voluntários com uma saúde boa, chegou-se à conclusão de que essa vacina russa é segura e eficaz. A Rússia registrou sua vacina em agosto, e foi o primeiro país a ter uma vacina que combate o coronavírus. Ainda falta uma última etapa de testes clínicos, já começou a ser feita, será realizada com 40.000 pacientes.
As crianças possuem uma massa corporal diferente dos adultos, sendo assim, uma criança com peso de 20 quilos precisa de uma dose menor da vacina do que um adulto com o peso entre 50 a 70 quilos, por isso a vacina Sputnik V que combate o coronavírus, terá uma versão mais leve para crianças.
Fontes:
https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2020/09/09/suspensao-dos-testes-d a-vacina-de-oxford-contra-a-covid-19-veja-perguntas-e-respostas.ghtml https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/09/08/estudo-de-vacina-c ontra-covid-testada-no-brasil-sao-suspensos.htm
Repórteres: Caio de Souza, Pedro Lobo e Vinícius Barros
Redatores: Gabriel de Oliveira, Matheus Augusto e Luís Augusto
Design: Lara Belico e Gabriel Neves
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